Aproveite ao máximo o tempo que passa com os seus filhos.
Torne-se colecionador de memórias inesquecíveis.
Vou partilhar convosco lugares que visitámos, que adorámos, que repetimos, e que por isso, recomendamos.
Não esquecer que, a AVENTURA é sempre a palavra de ordem.
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LONDRES
Londres é espetacular!
Um mês de férias não chegaria para ver o que de melhor Londres tem para oferecer. Diversidade, cultura, conhecimento, animação, espetáculo, arte... Ficámos 15 dias e, realmente, recomendamos. Tanto miúdos como graúdos, ficámos encantados. Prometemos voltar.
A verdade é que o Sol não nos deixou. Quem disse que o Sol não aparece em Londres?! Sim, foi durante o mês de Agosto e só choveu no dia que regressámos a Lisboa.
Os ingleses são muito simpáticos, muito prestáveis e foram vários os que se dirigiram a nós para perguntar se era preciso ajuda.
Para quem vai visitar Londres pela primeira vez, tem de saber qual a melhor forma de se deslocar. E se for uma família com filhos, faça contas porque há grande diferença de preços.
Nem pense em alugar carro durante a sua estadia, é incompatível com o trânsito e com o seu tempo, que é precioso. O carro pode ser útil, se quiser visitar outras cidades, mas mesmo assim informe-se relativamente a comboios. Carro só do aeroporto para casa e de casa para o aeroporto. E neste caso, pode contratar uma empresa para os levar, porque os aeroportos não ficam na cidade. No nosso caso, só o conseguimos fazer no regresso, para o aeroporto de Heathrow, porque tratámos desta situação muito em cima do acontecimento. Também poderá fazer essas duas viagens de táxi.
Quando chegar ao aeroporto, informe-se dos horários dos comboios que vão para o centro de Londres. Nós fomos no Gatwick Express até à estação de St. Pancras Internacional, onde adquirimos os nossos passes TRAVEL CARD de 7 dias para visitantes, Também há passes para 3 dias, e se ficar mais tempo, pode sempre renovar. Bem, o que é certo, é que este passe é de uso contínuo para o metro e o autocarro, podendo entrar e sair sempre que o desejar, desde que seja para circular nas zonas 1 e 2. A partir deste momento fica com livre trânsito e tudo fica mais fácil.
Já agora, convém alertar para a escolha da casa ou do hotel, que deverão estar dentro destas zonas. Mesmo que seja um pouco mais caro, no final irá perceber o que ganhou em tempo com deslocações. E ainda, ganhou, porque o passe dentro da zona 1 e 2 é mais económico.
Quanto às refeições, não podia ter sido melhor. Antes de irmos de viagem pensei que essa parte não seria nada fácil, tendo em conta o tipo de alimentação que temos. Surpresa! Se tem cuidado com a sua alimentação, este é o melhor lugar para juntar o útil ao agradável.
Como queríamos aproveitar ao máximo, o ideal seria não perder muito tempo com os almoços. E o que não falta são cadeias de restaurantes fast food saudável. O meu preferido e dos meus filhos foi o PRET A MANGER.. Está sempre cheio mas é rápido, tem bons preços e há um em cada esquina.
O menu é bastante variado e o ambiente acolhedor.
As refeições muito completas e com ótimo aspeto.
A meio da manhã ou da tarde uma taça como estas era sempre bem vinda.
Realmente a oferta é muito grande. Há bancas de fruta por todo o lado, sumos e batidos nas saídas do metro. Nos mercados, para além de comida étnica, há uma grande variedade de comida saudável. A água de coco fresco também é comum mas, pessoalmente, não gosto.
O resto dos membros da família, já estavam um pouco cansados de " serem saudáveis" e de vez em quando recorriam a outro tipo de comida. Sim, porque variedade é coisa que não falta. E muitas vezes os pubs eram o seu local de eleição.
Obrigatoriamente deve provar o tradicional prato de "Fish and Chips". No entanto, para quem não gosta de fritos, pode retirar a parte panada do peixe e comê-lo de uma forma mais natural, acompanhado pelo creme de ervilhas. Pesquise um pub recomendado, porque existe uma grande diferença na qualidade e sabor deste prato típico.
O pub Browmaster é uma boa opção e fica perto de Leicester Square.
Este é o "Fish and Ships"
Esta foi a minha opção, apesar de ter provado o peixe.
Achei importante falar das refeições, para não se preocupar com a preparação de piqueniques. Durante o dia não carregue com nada, a oferta é grande, para todos os gostos e a preços acessíveis. Preocupe-se só com o pequeno almoço. Quanto aos jantares, alguns foram feitos fora de casa, para conhecer outras cozinhas, como a de JAMIE OLIVER e alguns restaurantes recomendados por amigos.
Mas depois de 1, 2, 3.... dias a caminhar de manhã à noite e com crianças, a vontade de regressar a casa, de recarregar energia para o dia seguinte, é muito grande. Então, a maioria dos dias, no regresso passávamos nos supermercados MARKS AND SPENCER e levávamos para o nosso jantar, comida pré-cozinhada com ótimo aspeto, desde saladas de vegetais, saladas de fruta, sushi, embalagens completas de carne para churasco e batatas temperadas, enfim há comida para todos os gostos.
É interessante perceber que os ingleses aproveitam todo o tempo livre para estarem em contacto com o exterior e a natureza. Os parques e, até mesmo, pequenos pedaços de solo com relva estão povoados, por toda a cidade, por quem quer apanhar banhos de Sol ou fazer piqueniques, onde os saquinhos de papel com a comida estão presentes.
No final do dia os parques infantis estão cheios e os campos desportivos, ao ar livre, também.
Há pessoas por todo o lado, na rua, nas lojas, nas atrações turísticas, sendo conveniente planear os seus dias com antecedência porque há monumentos e atrações com algumas horas de espera. Terá de optar por ficar e visitar o interior ou, aproveita para ver outras coisas. Mas não se esqueça, o dia começa cedo, não fique até tarde na cama, isso pode valer-lhe 2 ou 3 horas de espera para alguns monumentos. Claro que o mês de agosto é problemático, dá a ideia que todas as pessoas se lembraram de ir passar férias a Londres ao mesmo tempo, mas com filhos em idade escolar as opções não são muitas.
Faça com antecedência o seu plano de visitas de acordo com os dias que tem. Não espere para decidir no próprio dia porque, acredite há muito para ver, e essas coisas já têm de estar definidas e acertadas na noite anterior. Precisa de ter um guia (roteiro), um mapa da cidade e um mapa do metro e do autocarro. De autocarro tem a vantagem de conseguir ver o que se passa à sua volta, e se encontrar alguma coisa interessante, pode sair na paragem seguinte. O metro é mais rápido, mas quando tem de mudar várias vezes de linha pode não ser a melhor opção.
O guia que gostei mais, de entre três que tínhamos, foi o "Un grand Week-end à Londres" da We by hachette, que pode encontrar na fnac. Está organizado de uma forma muito fácil e rápida, no entanto, não serve para quem não entende francês. Nesse caso procure um que lhe pareça bem organizado.
Com estas ferramentas e com a gestão de coisas a fazer, por zonas, vai conseguir aproveitar muito. Antes de ir para Londres não se preocupe demasiado em procurar o melhor mapa, tanto da cidade, como do metro e autocarro, porque há sempre postos turísticos de distribuição junto aos monumentos e nas estações de metro.
Mapa do autocarro
Mapa do metro - Tub map
Para os nossos filhos e sobrinhos, Londres quer dizer MUSEU DE HISTÓRIA NATURAL. E assim começou o nosso primeiro dia de aventuras nas terras da rainha.
Exterior do museu
A grandiosidade da arquitetura do Museu de História Natural dá a ideia que acabámos de entrar numa catedral. Este museu tem a maior e mais importante coleção de história natural do mundo. As crianças adoraram e, até os mais pequenos, ficaram fascinados com a exposição que conta a história da vida na Terra.
Sala de entrada principal, onde o anfitrião é um esqueleto de diplodocus com 26 metros de comprimento.
Ainda na sala de entrada, exposição de um corte de tronco de árvore milenar.
Exemplos da grande diversidade animal dos tempos de hoje e de outras eras.
Através desta exposição, as crianças também entendem a nossa convivência diária com animais que nem sempre conseguimos ver.
Exposição de animais em tamanho real
Escada rolante através da qual se entra no interior da terra, em direção à exposição da evolução da vida.
Claramente, uma forma incrível de "injetar" cultura e conhecimento nos nossos filhos. A não perder!
Tenha em atenção as filas, pois é um museu grátis. No entanto, pode perguntar aos seguranças o tempo de espera e qual a melhor hora para voltar. Se precisar de ocupar o tempo, enquanto espera, tem imensas coisas para fazer na zona.
Acabada a visita, após várias horas, mudámos de ideias e verificámos que afinal 15 dias seriam muito curtos para tudo o que queríamos fazer.
Estava nos nossos planos visitar, no mesmo dia, o Museu da Ciência, e ainda, se possível, o Museu de Vitória e Alberto, já que estão juntos. Mas claro que sim! Ficámos pelo primeiro. Até porque encerravam às 18 horas. Mas mesmo assim, ainda aproveitámos para passear pela área de Knightsbridge, que é uma das zonas mais ricas e prósperas de Londres, residência de muitos milionários. Caminhando pela Brompton Road encontrámos e, como é óbvio, entrámos na famosa e exclusiva loja HARRODS, com uma decoração espetacular. Vale a pena ver, mesmo que não compre nada. Atenção à mochila que deve ser carregada na mão e à roupa que veste. Como é natural, com crianças, não ficámos muito tempo, nem é o género de atrações que gostem, muito menos depois de um dia no museu. Por isso, ficámos pelo piso 0. Mesmo assim, os miúdos gostaram de ver a grande variedade de ovos para venda, desde ovos gigantes de avestruzes a ovos de ganso.
Harrods
Nessa noite, resolvemos comprar os bilhetes de entrada, para as atrações mais importantes, via internet. Poupa tempo em filas, poupa dinheiro e fica tudo mais organizado. Tenha em atenção aos bilhetes para famílias.
Para o segundo dia escolhemos a zona de Marylebone, para visitar o maior e mais célebre museu de cera do mundo, o MUSEU MADAME TUSSAUDS.
Felizmente, tínhamos bilhetes, chegámos e entrámos, mas uma enorme fila ficou para trás.
Muito bom! Não é sempre que conseguimos tirar uma fotografia com personalidades históricas, ou estrelas do mundo artístico, ou desportivo. E já agora, pode tirar uma com a rainha de Inglaterra, é agora ou nunca!
Madame Tussauds
Depois de cumprimentar todas as figuras em cera, parta numa viagem de táxi para reviver os momentos mais importantes da história de Londres.
Quase para acabar, há uma visita à Sala dos Horrores, que para os mais novos não será o mais indicado.
E mesmo para acabar, um filme imperdível da Marvel 4D, com efeitos especiais, como vento na cara...e mais não vou dizer para poder sentir sem estar à espera.
Como ainda tínhamos tempo, decidimos ir à CASA DE SHERLOCK HOLMES, que fica mesmo ao lado, na Baker Street. Mas, "elementar"... não conseguimos. Tínhamos duas largas horas de espera, ao Sol ( sim, Sol!). Que pena! Tentámos uma outra vez, mais cedo, pela manhã e, mais uma vez, não conseguimos. Fica para outra altura. Talvez seja muito mais fácil, fora do mês de agosto. E já agora, se está a pensar no porquê de não termos comprado bilhetes rápidos via internet, é porque, neste caso, não existe essa opção, logo, é preciso esperar.
Entrada da loja de Sherlock Holmes
Pelo menos uma fotografia no interior da loja
É verdade, poderíamos ter esperado mas, o tempo foi aproveitado ao máximo. E lá fomos nós visitar o REGENT'S PARK, sempre tentando ver o máximo em cada zona. Este parque é um dos mais bonitos de Londres.
Tão calmo, que nem acredita que está numa grande cidade.
Para o terceiro dia, decidimos visitar alguns dos principais monumentos de Londres. Escolhemos sair na estação de metro de London Brigde e iniciar o nosso percurso. Desta estação, rapidamente, se chega à TOWER BRIDGE, uma ponte lindíssima, que passa sobre o Rio Tâmisa (THAMES), um dos símbolos da cidade. Também existe uma exposição interior permanente, que não visitámos.
Tower Bridge
Junto à ponte, fica a TOWER OF LONDON, outro dos símbolos da cidade, que, provavelmente, mais história tem para contar. Foi prisão, casa da moeda, fortaleza, arsenal, palácio, lugar de execuções e de tortura, e uma das edificações mais famosa do mundo. A não perder! Compre o bilhete com antecedência e não se assuste porque, apesar da fila (menor para quem tem bilhete), a entrada é rápida. A história desta torre começa no século XI e tem muito para visitar, como as jóias da coroa, as torres e os espaços exteriores. Existe uma área residencial para a monarquia, protegida pelos guardas da rainha. Aproveite para tirar uma fotografia, pois é o lugar onde consegue estar mais perto de um guarda da rainha. Pode fazer uma visita guiada ou ter um bom guia histórico, para saber e explicar aos miúdos, de forma a despertar mais interesse. Se o estomâgo começar a dar horas, tem um restaurante com um serviço muito bom e com preços bastante acessíveis.
Nós tivemos a sorte de visitar a torre durante a comemoração do 100º aniversário da entrada de Inglaterra na 1ª Guerra Mundial, de modo que foram plantadas milhares de papoilas de cerâmica em volta da torre, o que criou um imenso mar vermelho.
Área residencial
Acabada a visita à torre, partimos numa viagem de barco, pelo Thames, até à famosa roda panorâmica gigante, a LONDON EYE. Mais uma vez, pode comprar o bilhete através da internet, no entanto, para alguns tem de marcar dia e hora. Tem a grande vantagem de não esperar muito na fila. No nosso caso, não estava nos planos ir à London Eye nesse dia, mas como o barco nos deixou junto a ela, aproveitámos. Mas esperámos cerca de 30 minutos para tirar bilhete e 45 minutos para entrar nas cabines. Vista fantástica! A mais bonita de Londres.
London Eye
Vista sobre o Big Ben
Westminster brigde
Já no final do dia, numa fase em que só apetecia tirar os sapatos, decidimos regressar a casa e relaxar para o dia seguinte que, mais uma vez, ia ser aproveitado ao máximo. Sim, é verdade, o Big Ben estava ali tão perto... mas o cansaço venceu.
No seu caso, se quiser e se tiver coragem, sem miúdos pequenos, a 20 metros do London Eye, tem uma atração o LONDON DUNGEON. É um museu masmorra onde é retratada a história sombria e sangrenta de Londres nos últimos 1000 anos através da encenação de atores, com muitos gritos e sangue. Para quem não sofre do coração, pode fazer a visita sozinho. Acompanhado ou não, convém não parar.
Quarto dia, ninguém quis esperar em filas, um dia mais livre, sem pressa. Decidimos ir para o centro de Londres, onde tudo acontece. O passeio iniciou-se em Marble Arch, junto ao Hyde Park, onde começa a grande e movimentada OXFORD STREET.
Marble Arch
Antes do séc.XVIII, este era o caminho levado pelos condenados à morte até à sua execução em Marble Arch. Hoje, os sentimentos que passam por ali são bem diferentes. Este é o paraíso das compras, onde todas as marcas internacionais, mais famosas, estão presentes. Aos meus sobrinhos e filhos só uma interessou, o HAMLEYS, que é só...a maior loja de brinquedos do mundo, com sete pisos, e que mais parece um parque de diversões.
Tem atrações para crianças de todas as idades, e a disposição dos empregados é do melhor.
Após 2 horas no Hamleys, continuámos pela avenida onde lojas com fachadas lindíssimas se sucedem. Pare para ver a Selffridges e a Liberty.
Selfridges
A Liberty vista interior
Próximo destino foi Piccadily Circus. Continuando pela Oxford Street vai dar ao cruzamento com a Regent Street, seguindo pela direita até Piccadilly. Se estiver cansado, apanhe uma boleia curta de autocarro, que é o que não falta nesta zona. Se tiver tempo pode ir pela Bond Street, que fica para a direita, depois de passar a Selfridges. Esta rua é das mais caras de Londres. Nesta área entre a Bond Street e o Hyde Park, fica um bairro de luxo, lindíssimo, MAYFAIR.
Mayfair
Resumindo, quer vá pela Regent St. ou pela Bond St. vai dar a Piccadilly. Esta avenida termina em PICCADILY CIRCUS. Esta praça com a estátua de Eros é uma das mais célebres e movimentada de Londres, servindo de ponto de encontro. Os outdoors em neon enchem as fachadas dos prédios e à noite a sua intensidade é máxima. Aqui pode aproveitar para ir a uma loja gigante de souvenirs a Cool Britania.
Pode tirar uma foto com os polícias, que estão habituados.
Com crianças e jovens, não poderíamos deixar de entrar no museu "Ripley Believe it or not". Este museu expõe objetos estranhos e inexplicáveis.
Ripley Believe it or not
Nesta zona também existem muitos restaurantes e há vários locais onde pode comprar bilhetes para teatros e musicais.
Pode aproveitar para ir a um dos muitos restaurantes de Jamie Oliver.
Musical em exibição
A cinco minutos tem a praça de LEICESTER SQUARE onde está o cinema Odeon, palco de estreias mundiais. Nesta praça pode adquirir bilhetes para espetáculos a metade do preço.
Com miúdos (ou não), não poderíamos deixar de entrar na gigante loja da M&M's WORD. Que loucura! Quatro pisos só com M&M's e tudo o que lhe diz respeito. Ficámos uma hora. É demais, no mesmo dia, maior loja de brinquedos e de M&M's. Os miúdos estavam loucos!
Aproveitámos e passeámos por CHINA TOWN, que estava mesmo ali ao lado e, como é óbvio, comprámos biscoitos da sorte. Uma das lojas vendia pastéis de nata, mas não nos atrevemos a provar.
Já muito cansados, o nosso dia acabou em COVENT GARDEN. Fantástico, mais uma coisa a não perder. O ambiente é divertido e há muito para oferecer. Esta praça de inspiração italiana foi transformada numa galeria que abriga lojas, restaurantes e cafés. A toda a volta há espetáculos de rua, desde malabaristas, mágicos , mimos e músicos. Mais uma vez diversão para toda a família.
Quando passámos uma mulher cantava ópera enquanto servia às mesas.
Os pubs nesta zona , assim como nas restantes, enchem-se de pessoas, que depois do trabalho se reúnem para confraternizar. As gravatas ficam no bolso e o momento é de alegria.
Dá a ideia que há festas por todo o lado.
Chegado o quinto dia, ainda conseguíamos sair cedo e aproveitar ao máximo o dia. O destino foi Westminster. A saída do metro mais perto é Hyde Park Corner. Daí caminhámos junto ao BUCKINGHAM PALACE, residência da rainha, e dirigimo-nos para os portões principais, para ver o render da guarda. Achámos que não valeu a pena o tempo de espera, e ainda, a dificuldade em conseguir ver, tendo em conta a multidão que, provavelmente, chegou muito cedo. Se for à Torre de Londres, esqueça; porque aí vê mais de perto o render da guarda e sem confusão. No entanto, poderá visitar o palácio ( tem muita fila) e passear pelos jardins que são lindíssimos.
Caminhando um pouco vai dar à ABADIA DE WESTMINSTER e ao palácio com o mesmo nome.
Mais uma vez, os monumentos são dotados de uma grandiosa arquitetura. O PALÁCIO DE WESTMINSTER é o coração da vida política inglesa e é onde se situa o famoso BIG BEN.
Neste dia decidimos não entrar para ver os monumentos, apenas a sua arquitetura exterior. Chegada uma altura tem que fazer opções. E nós preferimos trocar o tempo de espera destas atrações, por uma visita ao MUSEU DA CIÊNCIA. As crianças estão em primeiro lugar, e ficou decidido que alguns museus e atrações ficariam para outra viagem, um pouco mais velhos.
Daqui apanhámos o metro e saímos em Gloucester Road. Mais uma vez, nos encontrámos na zona do Museu de História Natural. Este museu é muito interativo e aborda diversos temas. Uma das atrações é um simulador de voo, mas só para quem não enjoa. Aproveite para ver um filme Imax sobre o fundo do mar e outro 4D sobre a aterragem na Lua. No entanto, depois de vermos e sentirmos o filme 4D no Museu Madame Tussauds, estes não foram tão emotivos. Este museu é grátis mas tem pouca fila.
Como todos os momentos são aproveitados quase ao limite, decidimos ir ver o ROYAL ALBERT HALL, onde decorrem grandes espetáculos. Em frente, nos jardins de Kensington, há um memorial a Alberto.
Royal Albert Hall
Memorial a Alberto
Espero, com esta partilha ter ajudado quem, pela primeira vez vai a Londres com 5 dias. Se vai menos, adapte àquilo que mais gostaria de fazer. Para quem vai mais tempo, deixo mais ideias de coisas que poderá fazer. No entanto, como começamos a abrandar o ritmo dos primeiros dias, não irei dividir a viagem por etapas. De forma a que cada um ajuste àquilo que é mais interessante e mais conveniente para a sua família.
Para descontrair, no regresso a casa, apesar de cansados, os miúdos iam, algumas vezes, a um dos muitos parques para brincar, e que ficava junto a casa. Num dos dias, um dos meus sobrinhos fez de Homem Aranha e fraturou um braço. Felizmente, não foi muito grave e facilmente se resolveu o problema.
Apesar de termos um seguro de saúde em viagem, não foi necessário usá-lo. A assistência informou-nos que neste caso bastava dirigir-se ao hospital pediátrico mais próximo. Apontada a morada, lá foi ele de táxi. O hospital é público e o atendimento foi 5 estrelas. E, já agora, acredita que não houve tempo de espera?!
Mais um dia chegou e os planos foram para um pouco mais longe, GREENWICH.
Como uma das matérias abordadas em geografia é o Meridiano de Greenwich, porque não colocar uma perna de cada lado do meridiano?! Assim, não poderíamos deixar de ir ao ROYAL OBSERVATORY. Precisa de um dia para ir para essas bandas, já que o metro não vai até lá , sendo necessário apanhar outra linha, ou ir de barco. No entanto, é um passeio bonito e não demora muito. Quando chegar a Greenwich tem um mercado e o barco Cutty Sark, que pode visitar por dentro. Este veleiro foi considerado um dos mais rápidos de sempre, sendo o mais famoso, usado no século XIX, na rota do chá, entre Inglaterra e a China.
Também tem muita fila
,
Cutty Sark
Ainda em Greenwich poderá visitar a QUEEN'S HOUSE, que foi o primeiro edifício clássico de Inglaterra. Tivemos pena de o não conseguir visitar por estarem a decorrer filmagens para um filme.
Já tínhamos navegado o rio Tâmisa, tínhamos passado por cima através de uma ponte, faltava passar por baixo. E foi o que fizemos, quando saímos de Greenwich.
É um pouco assustador saber que o Tâmisa está por cima de nós, mas vale pela experiência. Para além disso, este GREENWICH FOOT TUNNEL, serviu na 2ª Guerra Mundial como bunker contra bombardeiros.
É um pouco assustador saber que o Tâmisa está por cima de nós, mas vale pela experiência. Para além disso, este GREENWICH FOOT TUNNEL, serviu na 2ª Guerra Mundial como bunker contra bombardeiros.
Mais um dia, e desta vez, passado no mercado CAMDEN MARKET. Não perca mesmo! Ficámos o dia todo, e mesmo assim, voltámos outra vez, num outro dia. Fantástico, o mais excêntrico, movimentado, animado e gigantesco mercado. O que não encontrar por aí, pelo mundo fora, encontra aqui, com toda a certeza. Nós meninas, grandes e pequenas, adorámos! Uma das entradas do mercado parece a caverna do Ali Baba. E ainda tem uma área gastronómica, onde a escolha nunca mais acaba. Existem imensas bancas onde cada uma atrai os visitantes com as suas provas degustativas. Tem comida italiana, do médio oriente, asiática, sumos detox, fruta, etc,etc...
Os miúdos também gostaram muito de ver o desnivelamento da água, durante a abertura e o encerramento das comportas do canal, sempre que um barco passava.
Os miúdos também gostaram muito de ver o desnivelamento da água, durante a abertura e o encerramento das comportas do canal, sempre que um barco passava.
As lojas vendem de tudo e a excentricidade não falta.
Quando tiver fome a oferta é grande.
Relaxe um pouco junto ao Regent's Canal.
Aproveite para fazer uma exfoliação aos pés.
As nossas férias continuavam, e a vontade de ver mais aumentava. Tanto para ver e fazer...
Outro dos nossos dias foi passado junto ao Tâmisa. Saída do metro de St.Paul's e direção a SAINT PAUL'S CATHEDRAL. Aproveitámos para visitar a catedral, que foi inspirada na Catedral de São Pedro, em Roma. Que sorte a nossa! Estava a decorrer um dia verde, onde as bicicletas eram muitas e tudo estava em festa, com grande animação e atividades ao ar livre.
Também tivemos direito a bandeiras no dia verde.
Continuámos o nosso caminho e, juntamente com a multidão, passámos pela 2ª vez o Tâmisa por cima, desta vez através da MILLENNIUM BRIGDE. Junto à margem do rio a animação continuava a ser grande, com artistas de rua, bares e atrações. Não entrámos no TATE MODERN, espaço que expõe obras de arte moderna e contemporânea, porque esse não era o objetivo do dia. Dirigimo-nos até ao SHAKESPEARE'S GLOBE com a intenção de comprar bilhetes para uma peça ao ar livre. Impossível, tudo esgotado durante vários dias. Claro, era de esperar! As peças são uma viagem no tempo, até à época de Shakespeare, num teatro em madeira com uma reconstrução fiel do original. Aprendemos a lição. Da próxima vez vamos a Londres com o bilhete comprado via internet.
Shakespeare's Globe
Nesta fase, já nos sentíamos londrinos, a dominar linhas de metro, autocarro e mapa da cidade. Um "bando" a correr para apanhar um dos muitos autocarros. Tudo foi divertido, até andar de transportes públicos, quando estes, habitualmente, representam FÉRIAS! Muitos museus estavam por visitar, mas os tempos de espera não eram bem vindos, nesta fase, de modo que parques, mercados, passeios a pé e brincadeira preencheram o resto dos nossos dias.
Afinal, férias também quer dizer, tempo para não fazer nada, tempo sem horários rígidos.
Afinal, férias também quer dizer, tempo para não fazer nada, tempo sem horários rígidos.
Pelo meio, ainda fizemos, sem guia, o caminho do JACK THE RIPPER. Esta tour de 2 horas, só faz sentido se todos entenderem bem o inglês, e claro, não é para crianças. Para além desta tour, esta zona de Whitechapel não é muito atrativa. No entanto, vale a pena ver a arquitetura exterior de um dos mais interessantes edifícios de Londres, The Gherkin, chamado "pepino em conserva" pelos ingleses, com 180 metros de altura
The Gherkin
Entrámos no autocarro e a poucos minutos estávamos noutro mercado, o OLD SPITALFIELDS MARKET. Outro mercado, que vale a pena ver. Ainda conseguimos ir a outros mercados, mas o nº1 é o de Camden Town.
Mercado de Spitalfields
Londres é uma cidade muito segura com câmaras por todo o lado, mesmo nos autocarros. Apesar de nos sentirmos um pouco londrinos, não nos conseguimos habituar ao trânsito. É tudo ao contrário, tenha cuidado! O risco de atropelamento é grande. E com miúdos o risco ainda é maior. A verdade é que os carros aparecem-nos pelas costas enquanto nos preparamos para atravessar a passadeira.
Mas esta foi a única coisa menos positiva.
Muito ficou por ver e visitar. Inicialmente, ainda pensámos em sair de Londres para visitar um pouco mais do que Inglaterra tem para oferecer mas, logo no primeiro dia, percebemos que seria uma "missão" impossível.
A minha partilha, apenas pretende ser uma orientação para quem vai visitar Londres pela primeira vez. Esta foi a nossa experiência. Há outras de quem já é veterano em Londres e que a vive de outra forma. A nossa viagem foi muito virada para a família, que é aquilo que temos de mais precioso. As aventuras, os passeios, as dores de pés, as correrias, valeram pelas memórias eternas que deixaram, mais uma vez, nas nossas vidas.
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